quarta-feira, 14 de junho de 2017

Ela é a canção


Edição e revisão: Marsel Botelho
Foto: Paulo Preto
                                                                                                                 

                                                              Ao descobrir sua arte mergulhamos em um rio de possibilidades sonoras.




                              Entregar-se, ser serva da canção, construtora de melodias, arquiteta de poemas, arranjar tudo e ainda cantar, essa é a missão da paulistana Olivia Gênesi, que nos últimos 17 anos tem se dedicado integralmente à sua arte, proporcionando a todos o que há de mais verdadeiro em sua alma musical e que se consubstancia em sua discografia. Agora já são nove CDs, três “singles”, um “EP” e um DVD. O décimo CD está no forno e em breve será lançado para o deleite dos fãs e de todos que ainda estão por descobrir a grandeza de uma artista que é pura canção vestida de mulher.
Ser tão eclética em suas composições tem uma explicação lógica e estética: a bela Olivia mergulhou em um universo que vai de Beethoven, Mozart, Bach, Debussy, Stravinsky a Cole Porter, George Gershwin, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Led Zeppelin, Deep Purple, Frank Zappa, Hermeto Paschoal, Tom Jobim, Mutantes, Caetano Veloso, Maria Betânia e Gilberto Gil. Esse ribeirão sonoro banhou e deliciou a cantora, compositora e multi-instrumentista, tornando-a cada dia mais fiel à música que brota de seus poros vazantes de sua rica sensibilidade. Sua arte cruzou o Atlântico e o Pacífico para ser ouvida na Europa e no Japão.

A estreia em CD se deu em 2000, com o homônimo “Olivia”. O segundo veio três anos depois e foi batizado “Perto”. O “jazz” e a bossa nova também fazem parte da diversidade musical de Gênesi e em 2004/2005 apresentou um sofisticado projeto que resultou em dois CDs: “Jazzy Stuff”. Em 2007, a artista, em parceria com o piauiense, radicado no Texas – USA, Frank Krischmam, produziram “Full Bloom”, no estilo “folk-rock”. Em 2009, Olivia lançou “Só a música faz”. Em 2012, foi a vez de “Vintage Filter”, projeto autoral, em parceria com o pianista e tecladista Adriano Augusto. Em 2013, “Melodias de sol em pleno azul”, um “pop rock”, com pitadas de “jazz”, “reggae” e “groove”. 2015 foi marcado por comemorações dos 15 anos de discografia e pelo lançamento do “single” “Eu acredito em você”. Iniciou 2016 com o CD “O Mar e outras águas”, parceria com a também compositora Raquel Martins. Em 2016, lançou o “single” “Tempo”, um dueto com o cantor carioca André Gabeh. No final de 2016, lançou seu primeiro DVD, infantil e autoral, “Olivia e as Cores Vivas”, que faz parte de um projeto social infantil, musicalização para crianças que frequentam creches e escolas municipais de ensino fundamental. Olivia também está na Webradio Lágrima Psicodélica, com o programa “Viver Música”, todos os sábados, das 14 às 16 horas.

Precisaria muito mais que o espaço desta coluna para mergulhar nas entranhas dessa plasticidade sonora de raiz inquieta, de estudo e pesquisa incansáveis de Olivia Gênesi. Do CD “Melodias do Sol em Pleno Azul”, vou escolher uma canção, entre as 13 que compõem esse álbum maravilhoso: “Na tua” (O.G), a música é um hino ao amor e quem a ouvir vai de logo se deslumbrar: “Não entendo da onde vem essa vontade de te beijar”, diz a letra da canção. Vejam o “clip” e conheçam mais sua carreira vitoriosa: https://www.youtube.com/user/OliviaGenesi. Que venha “Amor e Liberdade”, seu décimo álbum.

Um comentário:

  1. Estou completamente lisonjeada com esta matéria, e honrada por participar deste blog que une músicos brasileiros através do olhar sensível e artístico deste grande músico e crítico musical Dery Nascimento! Vida longa ao Planeta MPB, e a ela...a qual dedicamos a nossa vida:a Música!! Viva a música!!

    ResponderExcluir